O APÓSTOLO

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.



A corrida por títulos e por grandeza começou muito tempo atrás quando Lúcifer quis ser rei e se transformou em Satanás, quando o homem quis ser Deus e se transformou num mortal.
O único homem que aceitou sua estatura foi João Batista quando disse: “importa que Ele cresça e que eu diminua”. Talvez por causa disto Jesus declarou a respeito dele: “dos nascidos de mulher ninguém foi maior que João Batista”.
O maior exemplo de humildade veio naturalmente de Cristo, que sendo Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Querer ser grande é o desejo de todo ser humano, mas querer ser o maior é fruto de um distúrbio psicológico chamado complexo de inferioridade, sentindo-se inferior as outras pessoas, o individuo quer ser o maior! Dizem que o complexo de superioridade é a máscara do de inferioridade.
Certa vez o Ariovaldo Ramos ao apresentar no congresso da SEPAL o irmão André disse brincando: “Tem irmãos que deveriam ser chamados de apóstolos, e tem apóstolos que não deveriam ser nem chamados de irmãos!”.
Eu quis muito ter o título de Reverendo! Para isso fiz a faculdade de teologia, estudei muito, enfrentei um presbitério, um sermão de prova, uma monografia, estágios e por fim veio o glorioso dia de minha ordenação!
Pronto! Agora tenho o título de REVERENDO!
Com o tempo vi que o título não me fazia maior nem melhor que ninguém, pelo contrário, levantou-se uma barreira entre mim e os jovens, barreira que não existia antes.
Hoje quando me apresento nas igrejas antes de pregar, digo: - Meu nome é “Jasiel”, se me tratar de “Senhor” eu o chamarei de servo! Se me tratar de “Pastor” eu o chamarei de ovelha! Se me tratar de “Reverendo” eu o chamarei de membro! Se me tratar de “Bispo” eu o tratarei de pião! Se me chamar de “Apóstolo” eu o chamarei de apostilha! Portanto me chamem simplesmente de Jasiel!


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